Depressão, Grafologia e Gestão de Pessoas
DEPRESSÃO NO AMBIENTE DE TRABALHO: CAUSAS, POSSÍVEIS SOLUÇÕES E COMO A GRAFOANÁLISE PODE AJUDAR A INDENTIFICAR ESSE TRANSTORNO.
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TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO APROVADO COM NOTA MÁXIMA NA UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ NO CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM GESTÃO EMPRESARIAL EM 2020 (ADAPTADO PARA O BLOG)
RESUMO
O
número de trabalhadores afastados de suas atividades em função de transtornos
psiquiátricos é cada vez maior. Nesta pesquisa, nos atentamos quando a
depressão é a causa de afastamentos, podendo esta também, ser vista como uma
doença ocupacional. A identificação desse transtorno nos funcionários é de suma
importância em toda e qualquer empresa que busca um clima organizacional
agradável e assim aumentar a retenção de talentos, gerar mais satisfação,
engajamento e motivação no trabalho. Neste sentido, as empresas se tornam um
meio de evitar e de ajudar a tratar funcionários acometidos pela depressão. Tal
cenário promissor acarreta em produtividade alta, realização profissional e um
ambiente maduro, onde os colaboradores sentem-se seguros para expor as suas
mazelas sem ter receio de terem algum prejuízo. Para auxiliar a identificação
desse transtorno, este trabalho salienta a validade da Grafoanálise, ferramenta
que estuda e analisa os estados biopsicossocioculturais do ser humano por meio
da escrita manuscrita. A metodologia usada foi a pesquisa exploratória, qualitativa e
bibliográfica. Através da presente pesquisa constatou-se como a
Grafoanálise pode contribuir com o desenvolvimento de empresas e pessoas,
auxiliando os gestores a tomar decisões em tempo hábil para criar um ambiente
de trabalho saudável e incompatível com o adoecimento psíquico de seus
funcionários. O presente estudo é uma breve análise relatando o potencial da
Grafoanálise na identificação de psicopatologias, em especial a depressão no
ambiente laboral.
Palavras-chave: Gestão de Pessoas; Depressão; Grafologia;
Grafoanálise; Psicopatologia; Desenvolvimento organizacional.
INTRODUÇÃO
Os profissionais de Recursos humanos
enfrentam diversos desafios, sejam eles intrínsecos ou extrínsecos para tornar
a sua gestão de pessoas mais humana. Os desafios podem ser impostos pela
própria empresa, devido à sua cultura ou contexto de trabalho ou até mesmo pelo
próprio gestor, que não possui tato ou treinamento para liderar e proporcionar
um ambiente de trabalho harmonioso. Algumas empresas visam somente o lucro em
detrimento da satisfação dos funcionários. Muitas das vezes, os gestores de
Recursos Humanos são tão vítimas quanto os demais colaboradores, pois em alguns
casos, não possuem autonomia para implantarem políticas de gestão mais
humanizadas e acabam também sendo afetados pelo clima de trabalho tóxico. Em
outras ocasiões, a empresa até concede autonomia ao gestor, que por sua vez
prefere agir de forma pouco humana, contribuindo para diversos prejuízos para
os funcionários, que acarretam em problemas para a empresa de um modo geral.
Sob o enfoque da psicologia, o trabalho
provoca diferentes níveis de motivação e satisfação e, dependendo da forma e
meio no qual o trabalhador executa suas atribuições dentro do contexto
organizacional a que está inserido, o trabalho pode levar a um quadro de
enfermidade. Ou seja, o mesmo trabalho que motiva e concretiza realizações
pessoais e sociais, em contrapartida, também implica desgaste físico e/ou
mental, com reflexos diretos na qualidade de vida. (TEIXEIRA. 2007. p. 38)
A qualidade de vida no trabalho é um dos
principais fatores que geram motivação, produtividade e retenção de
funcionários. Um clima organizacional ruim aumenta os índices de rotatividade
de pessoal, de absenteísmo e de baixa produtividade. Muito se ouve quando o
assunto é gestão de pessoas: “funcionário satisfeito produz mais”, logo, a
relação motivação e produtividade é de grande interesse dos bons gestores de
pessoas. Um ambiente de trabalho extremamente competitivo, onde os funcionários
sofrem assédio moral, pode ser um terreno fértil para contribuir com o
desenvolvimento de psicopatologias, entre elas, cujo foco deste trabalho é a
depressão.
Anadergh Barbosa apud Teixeira 2007,
decepções
sucessivas em situações de trabalho, geradas pelo excesso de competição,
implicando ameaça permanente de perda de função, perda do posto de trabalho e
demissão pode determinar o acometimento da enfermidade, apontando ainda como
principais fatores de risco: ausência de pausas de trabalho; tarefas
repetitivas; pressão das chefias e clientes; falta de perspectiva de ascensão;
prolongamento da jornada de trabalho; falta de reconhecimento no trabalho
desenvolvido e medo permanente de demissão.
A Grafologia, também conhecida como
Grafoanálise, é a ciência que estuda e analisa os estados
biopsicossocioculturais do ser humano por meio da escrita manuscrita. O
objetivo desse trabalho não é provar a cientificidade da Grafologia, pois esta
é bastante reconhecida internacionalmente, mas de mostrar como esta ferramenta
pode ser de grande valia, dentro de uma abordagem multidisciplinar, a
identificar o transtorno depressivo, especialmente no ambiente empresarial.
A Grafoanálise se destaca por ser uma
ferramenta de baixo custo e de alto retorno sobre o investimento. Pode ser útil
aos gestores de Recursos humanos, sendo estes Psicólogos ou não. Devemos
destacar que diversas empresas possuem em seus departamentos de Gestão de
Pessoas, funcionários que não são graduados em Psicologia ou áreas afins, ou
que desconhecem ferramentas que possam auxiliar a prevenir e a identificar
pontos de melhoria na gestão, que possam gerar ou agravar psicopatologias. A
Grafoanálise é uma ferramenta não privativa dos Psicólogos, ou seja, os
gestores de pessoas que não são graduados em Psicologia podem fazer uso desta
ferramenta. Não vamos neste trabalho nos ater profundamente aos problemas da
Grafologia no Brasil, como a vulgarização do método e ausência de
regulamentação. O que podemos salientar é que: para que esta ferramenta possa
ganhar maior notoriedade e confiabilidade, bem como cumprir com o seu papel de
desenvolver pessoas e organizações, devemos contar com profissionais de ponta,
gabaritados, o que é muito escasso ainda
em nosso país.
Pode
ser difícil reconhecer quando um funcionário está depressivo, neste sentido, a
Grafoanálise auxilia de forma rápida na identificação, auxiliando as empresas a
tomar decisões em tempo hábil. Cabe ressaltar que não é recomendável realizar diagnósticos com base
na Grafologia, todavia ela não deixa de ser uma ferramenta importante no
processo de identificação de psicopatologias.
Teixeira (2007), discorre sobre a
importância de identificar quando a depressão foi desencadeada no ambiente de
trabalho:
Na situação em que o nexo causal entre
depressão e trabalho resultar configurado, o empregado depressivo tem
assegurado direitos previdenciários que englobam as prestações devidas ao
acidentado ou dependentes, como o auxílio doença, o auxílio-acidente, a
aposentadoria por invalidez e a pensão por morte. O não reconhecimento da
depressão como doença ocupacional traz prejuízos tanto para os trabalhadores
quanto para os cofres públicos, pois, quando não reconhecido o nexo causal, não
há o recolhimento do FGTS correspondente ao período de afastamento, além do
empregado perder o direito à estabilidade acidentária provisória de um ano após
a alta previdenciária, conforme previsão do art. 118, da Lei 8.213/91 que
assegura a garantia de emprego nas hipóteses de acidente típico, doenças
profissionais, doenças do trabalho e as outras hipóteses mencionadas na lei
como equiparadas a infortúnio do trabalho.
A metodologia usada foi a pesquisa utilizada neste trabalho:
exploratória, qualitativa e bibliográfica.
DEPRESSÃO NO BRASIL E NO MUNDO
Os casos cada vez mais crescentes de
depressão vem preocupando diversos profissionais da área da saúde mental e
várias autoridades governamentais em todo o mundo. É pertinente frisar a
diferença entre depressão e tristeza. Segundo a Organização Pan-americana de
Saúde (OPAS Brasil 2017)
A depressão é
um transtorno mental caracterizado por tristeza persistente e pela perda de
interesse em atividades que normalmente são prazerosas, acompanhadas da
incapacidade de realizar atividades diárias, durante pelo menos duas semanas.
Neste sentido, a depressão se difere da
tristeza em relação à intensidade e à duração, sendo esses aspectos na depressão,
mais agudos.
Ainda
segundo a OPAS Brasil,
pessoas com
depressão normalmente apresentam vários dos seguintes sintomas: perda de
energia; mudanças no apetite; aumento ou redução do sono; ansiedade; perda de
concentração; indecisão; inquietude; sensação de que não valem nada, culpa ou
desesperança; e pensamentos de suicídio ou de causar danos a si mesmas. A
depressão pode afetar qualquer pessoa. Não é um sinal de fraqueza. É um
transtorno tratável por meio de psicoterapia, medicamentos antidepressivos ou
uma combinação de ambos.
Ainda sobre os sintomas e o conceito de
depressão, citamos Teixeira (2007),
Pelo que se colhe da literatura médica,
a depressão é um distúrbio emocional que produz alterações no modo de ver o
mundo e sentir a realidade. O sintoma da doença é, basicamente, o transtorno do
humor. A falta de esperança e de vitalidade são sentimentos constantes na vida
de uma pessoa deprimida. Seus sintomas podem ser a insegurança, o isolamento
social e familiar, a apatia, a desmotivação, ou seja, a perda de interesse e
prazer por coisas que antes gostava, com o agravante de que podem também
ocorrer perda de memória, do apetite e da concentração, além de insônia.
Segundo a
Organização Mundial da Saúde (apud Secad 2019), a depressão afeta mais de 320
milhões de pessoas no mundo. Outras 260 milhões apresentam transtornos de
ansiedade.
Ainda
segundo a OMS (apud Laboissière 2017), no pior dos casos, a depressão pode
levar ao suicídio, segunda principal causa de morte entre jovens de 15 a 29
anos.
A
organização também alertou que, apesar da existência de tratamentos efetivos
para a depressão, menos da metade das pessoas afetadas no mundo – e, em alguns
países, menos de 10% dos casos – recebe ajuda médica. As barreiras incluem
falta de recursos, falta de profissionais capacitados e o estigma social
associado a transtornos mentais, além de falhas no diagnóstico. O fardo da
depressão e de outras condições envolvendo a saúde mental está em ascensão em
todo o mundo. (OMS apud Laboissière
2017)
DEPRESSÃO E AMBIENTE DE TRABALHO
As
relações de trabalho precárias podem gerar ou agravar psicopatologias, tais
como a depressão.
Antes de conhecermos melhor a
relação depressão e ambiente de trabalho, é importante conceituar o que é
doença ocupacional e como a depressão pode ser vista como tal.
Tupinambá
do Nascimento apud Teixeira (2007), afirma que
doença profissional é
aquela típica de determinada profissão. Já a doença do trabalho, também chamada
de mesopatia ou doença profissional atípica, apesar de igualmente ter origem na
atividade do trabalhador, não está vinculada necessariamente a esta ou aquela
profissão. Seu aparecimento decorre da forma em que o trabalho é prestado ou
das condições específicas do ambiente de trabalho. [...] Diante dos
significados específicos de doença profissional e doença do trabalho, a
denominação “doenças ocupacionais” passou a ser adotada como o gênero mais
próximo que abrange as modalidades das doenças relacionadas com o trabalho.
Teixeira (2007) cita que
[...] o campo da psicologia do trabalho
que tem como preocupação central o sujeito trabalhador, procurando, assim,
investigar a vinculação entre depressão e trabalho. A trajetória da psicologia
no campo da saúde mental do trabalhador merece destaque, notadamente porque
dela resultou o consenso de que as condições e o meio ambiente do trabalho
podem ser responsáveis, em muitos casos, pelo aparecimento do quadro de
depressão.
Ainda segundo Teixeira,
Decreto n. 3.048, de 06 de maio de 1999
que elenca dentre as doenças do trabalho as hipóteses em que já se reconhece a
depressão como “doença do trabalho”. Inevitável, na linha desenvolvida, apontar
os direitos trabalhistas e previdenciários assegurados ao trabalhador acometido
pela enfermidade no caso de comprovação do nexo causal entre a doença e o
trabalho.
Muitas pessoas passam a maior
parte do seu tempo no ambiente de trabalho. O trabalho, a primeiro momento,
apesar de algum sofrimento que pode gerar ao trabalhador, tem por objetivo
dignificar o homem, prover o seu sustento e possibilitar desenvolvimento
pessoal e profissional. Mas, o que tem o propósito de ser agradável, pelo menos
a primeiro momento, pode ser o fato gerador de muitas mazelas, quando o ambiente
laboral é tóxico.
A saúde do trabalhador é um direito
constitucionalmente garantido, amparado por normas gerais e especiais de
proteção, importando, diante desse quadro, averiguar se no meio ambiente do
trabalho o trabalhador está ou não submetido a agressões psíquicas que podem
desencadear e/ou agravar um quadro depressivo. (TEIXEIRA. 2007. p.33)
Um ambiente de trabalho que
agrava ou gera depressão é aquele em que os gestores estipulam metas irreais
aos seus funcionários. Os mesmos também são alvo de assédio moral e também
podem acabar tendo os seus pontos de melhoria expostos aos demais
colaboradores, gerando constrangimento e humilhação. Os funcionários, ainda
podem acabar lidando com tarefas incompatíveis com as suas capacidades, gerando
um sentimento de inadequação e insatisfação no trabalho. A insatisfação ou o
estresse, quando contínuos, favorecem o surgimento da depressão.
Teixeira (2007) cita que
existem vários fatores que interferem no
desencadear de um quadro de depressão, tais como os fatores genéticos,
biológicos e psicossociais, dependendo das condições, o trabalho contribui
decisivamente para o desencadeamento ou agravamento da doença.
Podemos considerar como uma das
causas de adoecimento psíquico no ambiente laboral as jornadas extenuantes as
quais vários profissionais são submetidos, o que gera dificuldade em conciliar
a vida profissional com a vida pessoal. Tal cenário pode gerar um clima
organizacional ruim, baixa produtividade, aumento de turnover (rotatividade de
pessoal), maiores custos com contratação e com demissão devido à rotatividade
de pessoal, ou seja: tanto a empresa quanto o funcionário são alvo de
prejuízos.
Neste sentido, podemos questionar o
seguinte: se existem doenças ocupacionais, podem também existir profissionais
mais vulneráveis a desenvolver tais patologias, como a depressão que é o foco
deste trabalho.
Teixeira
(2007) discorre que
Segundo estatísticas da Previdência
Social os transtornos mentais ocupam a terceira posição entre as causas de
concessão de benefícios previdenciários. O levantamento dos dados aponta os
ramos de atividade que apresentam mais casos de afastamento por transtornos
mentais: extração de petróleo, atividades imobiliárias, transporte aéreo, captação,
tratamento e distribuição de água e fabricação de produtos têxteis, levando à
conclusão de que, dependendo da ocupação, os riscos aumentam. Somam-se ainda as
frequentes vítimas de assaltos no local de trabalho; bancários e comerciantes
também figuram entre as categorias mais afetadas pelos distúrbios mentais, além
dos profissionais do ensino e policiais.
Os danos que a depressão gera, não se
restringem apenas aos profissionais acometidos pela mesma. As empresas também
acabam tendo um dispêndio pecuniário bastante significativo. Com relação aos
custos que a depressão gera para as empresas, segundo Freitas (2015),
Para quem tem dúvidas do quanto a depressão custa para as empresas e a
sociedade em geral, o ex-secretário geral da Organização das Nações Unidas,
Kofi Annan, afirmou no seminário The Global Crisis of Depression (A crise
global da depressão), realizado em Londres, no ano passado, que os custos
diretos e indiretos do distúrbio eram estimados em US$ 800 bilhões (mais de R$
2 trilhões) no mundo todo em 2010, podendo, de acordo com as previsões, mais do
que dobrar nos próximos 20 anos.
O gestor de pessoas geralmente é cobrado
para que o seu trabalho seja de fato efetivo e eficaz, buscando reduzir custos
e aumentar a performance da equipe. Até mesmo as empresas que não possuem uma
gestão mais humanizada e que focam somente no financeiro, se sairiam bem se
investissem em programas de prevenção à depressão no ambiente laboral, ou seja,
mesmo que o objetivo dessas empresas com tais programas fossem estritamente
financeiros, teriam como efeito colateral a redução de custos e um clima
organizacional saudável. Todavia, muitas empresas preferem correr o risco de
gastar com medidas corretivas em detrimento de medidas preventivas. O gestor de
recursos humanos deve estar preparado para identificar e prevenir situações
propensas à depressão, onde o trabalho não passe a ser uma fonte de desgaste
físico e emocional, mas que seja um meio de crescimento pessoal e profissional.
Deve estar atento à performance da equipe, buscando as causas de sucesso e de
fracasso profissional, principalmente quando o último é favorecido pela própria
empresa.
Farias e
Tino (2019), citam que
A saúde
psíquica do trabalhador deve ser ponto de atenção de qualquer organização, não
apenas por questões trabalhistas ou de produtividade, mas por entender-se que
as pessoas são seres psicossociais e que compõem um grupo organizacional que
possui sentimentos/emoções imbricadas à sua função na empresa.
Teixeira (2007) afirma que
[...] os pesquisadores reconheceram que
diversos outros fatores no meio ambiente do trabalho podem afetar a saúde
mental, tais como: relações interpessoais e coletivas inerentes à própria
organização do trabalho, ambiente físico (ruído, iluminação, temperatura,
intoxicação, disposição do espaço físico), forma do exercício do poder de
comando na escala hierárquica e demais circunstâncias gerais referentes à
própria manutenção do emprego.
A empresa pode não ter condições ou abertura
para tratar os funcionários que sofrem de depressão, principalmente quando o
quadro de RH não é formado por Psicólogos, todavia, é desejável que a empresa habilite
seus gestores de ferramental para identificar e lidar com tal situação,
inclusive encaminhando o funcionário adoecido psiquicamente à um profissional
habilitado para lidar com essa demanda, em vez de agir de forma desumana, sobrecarregando
o profissional, cobrando aquilo que ele não pode entregar, desgastando ainda
mais quem já está desgastado, adotando posturas arrogantes e insolentes,
humilhando o profissional e o tratando apenas como um número e não como um ser
humano que precisa de cuidados também no ambiente laboral.
Secad
(2019) afirma que o
ritmo acelerado e exigente
do mercado contribui para que cada vez mais trabalhadores brasileiros
sejam diagnosticados com depressão. No país, 75 mil pessoas foram
afastadas do trabalho pela doença apenas em 2016. No ano seguinte, 37,8% de
todas as licenças-médicas apresentadas ao INSS tinha como motivo transtorno
depressivo.
Uma
pessoa que está mal emocionalmente não terá bom desempenho, poderá ter
prejuízos em suas relações profissionais e pessoas e ir à bancarrota.
Podemos
citar como alguns indícios de depressão no ambiente de trabalho: baixa
produtividade, desmotivação, fadiga, insatisfação, dificuldade de concentração,
tristeza persistente por pelo menos há duas semanas.
Teixeira
(2007) discorre sobre a dificuldade de diagnosticar e tratar a depressão,
(...) “o problema é que na doença mental
é difícil você pontuar o que causa o que. Sempre uma coisa leva a outra. Em
muitas vezes, a depressão leva ao alcoolismo, e este vai agravar a depressão.
Entre as principais dificuldades para prevenir as doenças mentais do trabalho
estão os diagnósticos imprecisos dos médicos, tratamento deficitário e a
dificuldade do próprio trabalhador em aceitar a doença”.
A autora ainda discorre sobre o risco que alguns profissionais que
trabalham isolados têm de serem acometidos pela depressão,
(...) profissionais que trabalham
isolados, como os controladores de vôo, devem receber cuidados especiais, já
que o transporte aéreo é o terceiro ramo de atividades a apresentar mais
afastamentos por transtornos mentais. Diz ela que, na torre de controle dos
aeroportos, todas as atenções estão voltadas para o céu demarcado no radar e
que, durante o seu turno, o controlador de vôo mantém estado de alerta máximo
para que todos os aviões completem seu trajeto com segurança, pois qualquer
erro ou descuido pode causar uma tragédia. A tensão constante, no entanto,
compromete a saúde e, por conseqüência, o rendimento dos operadores. A
informação vem dos dados do órgão previdenciário analisados pela professora da
Universidade de Brasília (UnB) Anadergh Barbosa Branco: o transporte aéreo é o
terceiro ramo de atividades a apresentar mais afastamentos por transtornos
mentais como estresse, depressão e fobias, reafirma.
O
gestor deve verificar até que ponto a empresa pode estar contribuindo com o
desenvolvimento ou o agravamento da depressão em seus funcionários. Uma vez que
a causa foi identificada, o gestor poderá lançar mão de políticas de Recursos
Humanos desfavoráveis ao adoecimento psíquico, promovendo assim maior qualidade
de vida e saúde no trabalho. Para tanto, sugere-se que os gestores avaliem
sistematicamente o desempenho de seus funcionários, revisem as práticas de
liderança, os processos de trabalho, as exigências feitas face às reais
possibilidades e capacidades dos funcionários, extinção de cobranças irreais e
de situações de assédio moral.
Sugere-se
também que o ambiente empresarial seja maduro, a fim de motivar os funcionários
a compartilhar seus conflitos internos sem medo de um possível desligamento ou
constrangimento. Neste sentido, as empresas podem apostar em programas de
conscientização, uma vez que os transtornos mentais ainda são vistos de maneira
muito preconceituosa ou até mesmo banalizada, principalmente quando algumas
pessoas se referem à depressão como “frescura”. Neste sentido, levar informação
aos colaboradores é de suma importância para poder minimizar ou mitigar a
disseminação do preconceito. A depressão é uma doença, e como tal, precisa de
tratamento e pode ser curada, principalmente quando o sujeito aceita ajuda, e
aceita uma abordagem multidisciplinar, que pode envolver psicoterapia e
medicamentos.
Farias e Tino (2019)
A depressão ocupacional pode ser vencida
a partir do momento em que a empresa investe recursos humanos e financeiros
para a criação e efetivação de treinamentos, sessões de Coaching, palestras
motivacionais e ações positivas que versam sobre o desenvolvimento pessoal do
indivíduo.
Fica bastante evidente a importância da
empresa no sentido de prevenir, identificar, acolher e auxiliar no tratamento
de funcionários acometidos pela depressão.
Sugere-se uma reflexão: Em seleção de
pessoal, muitas empresas buscam profissionais sem transtornos psiquiátricos,
inclusive sem depressão, e de certa forma, tal escolha até tem algum fundamento
palpável, mas será que essas empresas tão excludentes prezam pela saúde de seus
colaboradores?
GRAFOLOGIA NO BRASIL E NO MUNDO
A Grafologia, também conhecida como ciência da
escrita, Grafopsicologia ou Psicologia da escrita, estuda e analisa os estados
biopsicossocioculturais do ser humano por meio da escrita. No Brasil,
diferentemente de diversos países, ainda não é reconhecida, todavia é muito
utilizada, principalmente na área e Recursos humanos. Outros profissionais como
médicos, psicólogos, psiquiatras, peritos grafotécnicos e pedagogos também se
valem desta ferramenta. Os países mais adiantados em Grafologia são: a Itália
(berço da ciência da escrita), Alemanha, França, Argentina e México.
Diversas áreas de atuação regulamentadas
no Brasil também sofrem com profissionais de mau caráter. A ausência de
regulamentação no país, abre brecha para cursos de Grafologia de caráter
duvidoso, tais como os que prometem formar Grafólogos em cursos de 8 a 16
horas. Tais cursos são apenas de caráter informativo e apenas demonstram o
potencial da Grafologia. Muitas das vezes são ministrados por pessoas que não
possuem o conhecimento básico da ciência. Os estragos são de certa forma
incalculáveis. Tal cenário também fornece subsídios aos críticos e leigos em
Grafologia. O objetivo deste estudo, como já mencionado, não é provar a
cientificidade da Grafologia, pois está já está comprovada em diversos países,
mas apenas mostrar o potencial revelador da mesma, e dos benefícios que ela
pode trazer para o desenvolvimento de pessoas e organizações.
Muitas pessoas que criticam a Grafologia,
talvez se baseando em trabalhos de profissionais pouco credíveis ou que não
conhecem a Grafologia científica, não sabem que quem criou o teste palográfico
(privativo dos psicólogos e amplamente utilizado no Brasil) foi um Grafólogo,
na década de 60, o professor Salvador Scala Milá, do Instituto
Psicotécnico de Barcelona, situado na
Espanha. Foi difundido no Brasil por meio de Agostinho Minicucci, Psicólogo e
Grafólogo brasileiro.
Afonso (2017 p. 29)
Assim, considerando a base teórica a
cerca do comportamento expressivo e das técnicas gráficas sobre a
personalidade, sendo a principal delas a grafologia, o teste Palográfico traz
consigo campos de análise quantitativa e qualitativa, que buscam interpretar a
composição e as características pessoais impregnados na expressão dos traçados
(Palos) de seus avaliados.
Camargo (1999 p.36) afirma que
os conselhos de Psicologia, em todo o Brasil, não reconhecem a
Grafologia como teste projetivo, porém cometem o erro básico de incluir entre
os testes privativos dos psicólogos o “teste palográfico”, do prof. Scala, que
nada mais é do que a Grafologia em sua forma mais elementar. Esquecem que a
maioria dos testes gráficos, como o teste da árvore, examinam o traço a partir
dos conceitos dos mais renomados grafólogos do mundo.
Entre os testes projetivos-expressivos, a Grafospsicologia e o
Palográfico têm mostrado (...) não só a riqueza de conteúdos simbólicos, mas a
vantagem de que os testes acima (grafológico e palográfico) são uma espécie de
filme em que toda a personalidade fica fixada pelo próprio indivíduo, sem que
perca o mínimo pormenor expressivo ou simbólico. (Minicucci, 1983 p.24)
Silva (2014 p. 2) afirma que o palográfico,
classificado como teste grafológico traz aspectos ligados ao desenvolvimento
psicomotor.
Segundo Minicucci (1983 p.24),
“todos os movimentos, todos os gestos humanos, estão carregados de significação
e concorrem à expressão da personalidade inteira.”
Neste sentido, Cunha (2010. p. 22) corrobora
com Minicucci, quando cita que “a escrita, entre outros gestos, oferece uma
indicação mais segura, porque é a manifestação mais inconsciente do conteúdo
psicossomático de quem escreve.”
GRAFOLOGIA COMO FERRAMENTA
AUXILIAR NA IDENTIFICAÇÃO DE DEPRESSÃO NO AMBIENTE LABORAL
Vale salientar que o objetivo
deste trabalho é mostrar o potencial da Grafologia na identificação de
psicopatologias, todavia o intuito não é utilizá-la unicamente para realizar
diagnósticos. Sabemos que quando utilizamos várias ferramentas, o diagnóstico
tende a ser mais preciso, logo, seria por demais temerário realizar
diagnósticos com base na Grafoanálise, o que de forma alguma deslustra o seu
valor. Também é pertinente frisar que os benefícios da Grafologia em empresas
não se restringem apenas a conhecer a saúde de seus funcionários, mas também é
de grande valia nos processos de tomada de decisões, pertinentes ao setor, tais
como seleção de pessoal, promoção, avaliação de potencial e etc.
Cunha (2010. p.312) afirma que
o trabalho do grafólogo é dar apoio ao psicólogo ou médico. A
Grafologia não constitui em atividade fim, mas é um importante meio a ser posto
à disposição de um profissional que, aos olhos do grafólogo, seja competente. A
análise deve ser suficiente como informação adequada e para atingir o objetivo
desejado pelo psicólogo. A Grafologia deve ser vista como um “laboratório de
análises”. Dirige ou ilustra o diagnóstico do profissional que ela assessora.
Não
é difícil encontrar assinaturas ou até mesmo manuscritos, tais como anotações,
recados e afins no ambiente de trabalho, sendo assim, se torna uma ferramenta
gratuita e de fácil acesso, o que acaba se tornando um benefício muito grande
para as empresas. Camargo (1999) cita que o analisado nem sabe que está sendo
examinado, sem entrar é claro no terreno da ética. Vale ressaltar que o
Grafoanalista profissional não realiza perfis grafológicos com base em
assinaturas, pouco grafismo. Existem recomendações para produção de texto, tais
como: produzir um texto autoral em folhas de papel sem pauta no formato A4 com
caneta esferográfica ponta grossa, de no mínimo quinze linhas, com assinatura
ao final, letra habitual, sem passar a limpo, sem escrever no verso. O
manuscrito pode ser analisado à distância, desde que seja digitalizado colorido
e em alta resolução para evitar distorções no traçado e análises errôneas. Também
devemos levar em consideração que em um mundo globalizado e digitalizado, é
pouco provável que o manuscrito seja enviado pelos correios ao Grafoanalista, o
que gera aumento de custos e de tempo na avaliação, dois fatores que todas as
empresas querem reduzir para aumentar o seu lucro e performar melhor, com mais
dinamismo.
Camargo
(1999 p.83) afirma que para realizar uma análise grafológica podemos dispensar
a presença do analisado, “sem entrarmos no terreno da ética, essa é uma
facilidade para a empresa, pois um candidato em Manaus pode ter a sua escrita
analisada em São Paulo”.
Camargo
ainda cita que
a pessoa não sabe que está sendo analisada, o que praticamente elimina
o medo de realizar um teste psicotécnico. (...) O estresse da realização de uma
prova ou teste pode prejudicar o candidato, e Grafologia consegue que isto
praticamente desapareça.
Ainda neste sentido, Augusto Vels
(1997 p.11) afirma que “ a Grafologia tem a vantagem de nos dar uma imagem fiel
do indivíduo, sem intermediários e sem o risco da inibição e nervosismo que
todo teste psicotécnico produz, quando o indivíduo se sente ‘examinado’ “
Obviamente não podemos dispensar
outras ferramentas importantes para diagnosticar a depressão, todavia, a
Grafologia se constitui em uma ferramenta de caráter auxiliar, de baixo custo,
muito acessível, bastante confiável e de grande valia para a identificação deste
transtorno.
SIGNOS GRÁFICOS QUE REVELAM TENDÊNCIA À
DEPRESSÃO
Filho Del Picchia; Del Picchia (2016. p.127)
“Nos estados depressivos, resultantes quer do medo, fraqueza ou coação, a
escrita diminui a calibragem e o descendimento se manifesta em sua direção.”.
Ou seja, a escrita diminui de tamanho e a direção das linhas é caída/para
baixo. Vale ressaltar que o Grafólogo profissional não realiza perfis
grafológicos com base em traços isolados, ou seja, uma linha caída pode ser
apenas uma linha caída e dependendo do contexto gráfico (demais signos
presentes no manuscrito), podemos levar em consideração ou não a possibilidade
de depressão. Não é recomendável que o leitor busque realizar diagnósticos com
base neste trabalho, pois o mesmo só poderia ser realizado por um profissional
que conheça a fundo a ciência grafológica e que não leve em consideração traços
isolados. Esta visão do conjunto da escrita é o que difere os Grafólogos
profissionais dos amadores. Camargo (2009 p. 25) corrobora com essa abordagem
quando cita Teillard em sua obra Grafologia expressiva, explicando que os
sinais gráficos podem ser: predominantes, complementares, compensadores e
contraditórios. E a arte do Grafólogo segundo ele é descobrir o jogo entre eles
e dar a cada sinal seu valor relativo. Sem dúvida, podemos afirmar, que para
identificar traços que denotam depressão em um manuscrito, devemos considerar
os aspectos qualitativos (formação e execução dos traços) e o aspecto
quantitativo (quantidade de traços). Além do conjunto gráfico, o Grafólogo deve
levar em consideração que apenas uma linha caída pode indicar apenas uma
tristeza passageira, não necessariamente depressão, e que uma barra do T caída
pode ser simplesmente um “traço acidental”, não costumeiro e nem repetitivo no
grafismo, sendo assim, “sem peso” para levar a interpretação de um possível
transtorno depressivo.
Para
a Grafologia e em diversos testes projetivos gráficos (que tiveram como base os
valiosos aportes grafológicos), a descendência das linhas (linhas caídas)
indica tendência à tristeza e diminuição do tônus vital.
Camargo
(2009. p. 249) fala sobre o significado da direção das linhas em uma
Grafoanálise: “A direção de linhas no campo gráfico reflete, acima de tudo, as
variações de humor e de vontade de quem escreve. Trata-se da vontade em
determinada direção.”
Camargo
(2009. p. 253) também traz mais informações sobre as linhas descendentes em um
manuscrito:
À medida que a massa gráfica avança, o grafismo tende a cair
principalmente nas linhas, mas também pode ocorrer em palavras, incluindo os
finais de letras. Na escrita descendente de forma constante, simbolicamente o
escritor caminha para o fundo do poço. A interpretação é mais negativa quando o
traço é frouxo e sem profundidade. Esse sinal está presente em algumas escritas
de pessoas com tendências suicidas. A pessoa que escreve assim tem decréscimo
da capacidade de trabalho e falta de energia para enfrentar problemas de ordem
moral, física e afetiva. Impressiona-se facilmente e tem vontade fraca. Pode
indicar doenças e esgotamento físico.
O
autor ainda cita que em alguns casos, a escrita descendente pode ser fruto de
pós-parto e pós-operatórios, cansaço, infecções, decepções ou desilusões
amorosas etc. Logo, percebe-se que tudo que debilita o ser humano, pode gerar
uma escrita com linhas descendentes. Neste sentido, “os traços em queda na
Grafologia”, de um modo geral, podem indicar depressão, tais como: barras do T
caídas (apontando para baixo); pingo da letra ‘i’ que não está situado em cima
da haste, mas caído; últimas letras de uma palavra caídas, enquanto as
primeiras letras permanecem em uma direção diferente da descendente, geralmente
retilínea e etc.
Ainda tomando como base que os traços
descendentes são indícios de depressão, podemos levar em conta a escrita de
direção convexa: aquela que se assemelha a um arco-íris: começa ascendente e
termina descendente. Jamin (apud Camargo 2009), cita que a escrota convexa
revela excitação de curta duração. Esta característica pode ser vista em
depressivos, uma vez que os mesmos possuem dificuldades em se manter animados. Camargo
ainda cita que a convexa revela desordem emocionais, falta de perseverança para
enfrentar a realidade.
Tomando
como referência apenas a direção de linhas para encontrar traços gráficos que
denotam depressão, ainda podemos citar as imbricadas descendentes, que segundo
Camargo (2009), é caracterizada pela descendência das palavras ou das letras
finais das mesmas, sendo que a próxima palavra volta à posição original. Segundo
o autor, a escrita inicialmente perde sua energia e depois volta à posição
original, em decorrência do esforço do escritor. Klages (apud Camargo 2009) “indica luta contra
sentimentos tristes. Jamin (apud Camargo 2009), “revela cansaço e enfermidade, falta
e vontade para enfrentar os obstáculos.” Honroth (apud Camargo 2009), “luta
contra os fracassos da vida, contenção de ânimo. Por fim, Camargo ainda cita
que o escritor que possui a escrita convexa realiza os empreendimentos sob o
manto do pessimismo, e quando atinge seus objetivos acredita que eles não
valeram a pena.
Os
traços gráficos aqui apresentados não são os únicos que possuem íntima relação
com a depressão, mas os que cogitamos serem mais fáceis de serem identificados
e reconhecidos sem a necessidade de anexos (imagens dos traços). Existem outros
traços gráficos que denotam depressão, todavia mais complexos e demandaria do
leitor, conhecimento profundo de diversas teorias grafológicas, psicológicas e
psicanalíticas.
CONCLUSÃO
Constatamos
a importância das empresas se inclinarem a acompanhar os seus funcionários de
perto, promovendo um ambiente saudável e livre de situações que possam gerar ou
agravar psicopatologias. Quando o ambiente laboral é tóxico, a empresa e o
funcionário saem no prejuízo.
O
primeiro passo para buscar soluções para melhorar o clima da empresa é
justamente identificando o que gera desconforto em seus funcionários e o
impacto de tal condição na saúde de seus colaboradores,
Fica
evidente a validade da Grafologia em empresas, não só como ferramenta
complementar para conhecer a saúde emocional de seus colaboradores, mas também
é valiosa quando empregada em processos de recursos humanos, tais como seleção
de pessoal, promoção, avaliação de potencial e etc. Sendo assim, toda empresa
que busca em investir em qualidade de vida no trabalho e em ferramentas para
acompanhar o desempenho e saúde de seus colaboradores, pode se valer da
Grafoanálise, uma ferramenta super acessível e de baixo custo, que pode revelar
centenas de características do analisado em um curto espaço de tempo, quando a
análise é precedida por um Grafólogo experiente.
Quando o assunto é qualidade de vida no
trabalho, a Grafoanálise é uma ferramenta muito útil neste processo, pois pode
ser utilizada na fase inicial do projeto de avaliação do clima
organizacional e de seus funcionários, a
fim de fazer um mapeamento da saúde mental dos colaboradores; e na fase final
do projeto, com o objetivo de averiguar a evolução dos tratamentos dos
funcionários acometidos por depressão ou até mesmo para mensurar os resultados
obtidos das políticas de recursos humanos empregadas com o objetivo de criar um
ambiente de trabalho saudável, evitando assim, situações danosas à saúde mental
dos colaboradores.
O
presente estudo não esgota as possibilidades de pesquisa sobre o tema,
inclusive sugerimos pesquisas sobre a utilidade das Grafologia em outros
contextos empresariais, como na diminuição da rotatividade de pessoal, redução
de tempo e de custos de seleção, maior aderência do contratado ao cargo etc e
também quando empregada no meio pedagógico, clínico e criminalístico.
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